Os cortes de 30% nos recursos da educação, que ameaçam, inclusive, o funcionamento a contento de universidades, institutos federais e ensino básico, bem como a reforma da previdência, que trava a possibilidade de aposentadoria de grande maioria da classe trabalhadora, tem passado de forma “letárgica” pela classe docente do nosso município.
O nível de comprometimento das garantias e direitos da classe trabalhadora que estas duas ações do atual governo (que se instalou a 5 meses) traz é visível e atinge o País como algo avassalador. Ver professores assistirem a tudo isso calados, sem se aperceber que o momento em que vivemos é desafiador, e que pode comprometer projetos e políticas essenciais ao desenvolvimento nacional, é algo mais avassalador ainda.
Já está mais que provado que o atual governo implementa uma agenda extremamente prejudicial à classe trabalhadora, e é preciso envidar todos os esforços para o enfrentamento dessas políticas de retrocessos, visto que no atual governo se instalou um indicativo claro de ofensivas contra a educação e os trabalhadores em geral.
A extinção de secretarias como: Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino (SASE), Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) que eram responsável por politicas de Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos, Educação do Campo, Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola, Educação para as relações Étnico-Raciais e Educação em direitos humanos, para a criação da Subsecretaria de Fomento às Escolas Cívico-Militares, num aceno a militarização da educação, são algumas das ações nefastas deste governo que precisam ser combatidas.
Como se percebe, essas propostas não implicam em avanço no acesso, inclusão, permanência ou qualidade da educação no Brasil. E junto a tudo isso, se somam os cortes que comprometem de forma vertiginosa todas as conquistas democráticas na educação. Enquanto isso, pautas que interessam discutir (FUNDEB, CAQi/CAQ, Plano Nacional de Educação) ficam praticamente esvaziadas pelo Ministério da Economia, com o anúncio da PEC da desvinculação total do orçamento.
Por sua vez, a reforma da previdência cria uma perspectiva real de não aposentadoria dos professore(a)s, em especial das mulheres que tem o tempo aumentado em 5 anos e a idade em 10 anos. Todo esse conjunto de medidas mostram a intencionalidade deste governo no campo educacional, que não pode passar despercebidos por todos aqueles que fazem educação no país.
A luta professores…!