Início Artigos Icapuí e suas incongruências com o debate em voga no mundo atual

Icapuí e suas incongruências com o debate em voga no mundo atual

165
0

Um debate acalorado que acontece por esses dias, em função de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada do Erika Hilton (PSOL) que propõe a abolição da escala 6×1, na perspectiva redução do esforço e de fazer mais em menos tempo, fez-me refletir sobre nossa realidade, enquanto município. Com o surgimento da internet, computadores e smartphones em meados da década de 1990 e 2000, respectivamente, e das redes sem fios que permitiram os PC’s serem conectados, ampliou-se as possibilidades de uso, agregando atualmente uma gama imensurável de recursos tecnológicos a serem utilizados como forma de mitigar a necessidade de tempo e mão de obra na realização de grande parte das atividades humanas.

Isto posto, veio a mim um questionamento: porquê esses recursos tecnológicos não nos permitiram a otimização dos serviços da municipalidade sob o ponto de vista de pessoal e custos? Essa pergunta nos remonta a uma série de apontamentos, sejam eles no âmbito de planejamento – ou a falta dele – ou até mesmo do empreguismo com fins politiqueiros. Os recursos tecnológicos disponíveis, se utilizados de forma planejada são ferramentas que em muito podem contribuir no atendimento das demandas atuais, otimizando a mão de obra necessária para o desempenho das atividades laborais da municipalidade no tempo requerido e otimizado.

No entanto, com toda gama de ferramentas tecnológicas disponíveis, o que observamos é, ano após ano, aumentar vertiginosamente o número de prestadores de serviço no Ente municipal, fruto da departamentalização das ações laborais, do empreguismo, da graciosidade de servidores efetivos recebendo sem prestar serviço e da falta de planejamento de gestão de pessoal, comprometendo não apenas os recursos, como também os serviços e os investimentos.

Enquanto no brasil está em discussão a abolição da escala 6×1, em função da influência dessas tecnologias que permitem ao trabalhador fazer mais em menos tempo, no nosso caso se debate o porquê de tanto se acrescentar + 1, se temos essas tecnologias e Planos de Carreiras, que não só permitem otimizar os nossos serviços em menos tempo, como também a valorização por nos apropriarmos dessas tecnologias para nossas atividades cotidianas.

Não é de se admirar, que anos a fio a gestão pública municipal caminha no fio da navalha em termos de gastos com folha, visto seu não atentamento à modernidade tecnológica. Estas ferramentas, se implementada com um modelo de gestão que priorize a coletividade em detrimento dos interesses individuais e/ou de pequenas castas, poderá trazer não apenas melhores serviços, mais a um menor custo a população.

É preciso se furtar de gastar os recursos públicos ao sabor do vento, por intuição, muitas vezes, por interesse político-partidários ou eleitorais sem planejamento, compromisso social perpassa por limite fiscal.  Celestino Cavalcante – Presidente do SINDSERPUMI

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui