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Olhar para o umbigo e sustentar-se no provisório: meandros de uma luta isolada e equivocada

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pensamentoEm complemento à reflexão antes traçada sobre o compromisso com a greve, podemos trazer para nova rodada de debate a ideia que o título dessa matéria aponta, qual seja: aquela que atesta a existência de muitos servidores municipais que, desvinculados da luta sindical, travam lutas particulares por benefícios salariais, ilegais e politiqueiros, perpassando anos a fio em diferentes governos.

Tais lutas tem essas características: 1) são individualizadas ou em subcategorias/sub-grupos; 2) são conquistas provisórias/não solidificadas na carreira. No entanto, sob jogos político-partidários e práticas de subserviência a diferentes governos municipais, estes servidores conseguem manter essas beneficies por longos períodos.

Como luta isoladas e equivocadas, vivem às custas de acordos escusos, governo a governo, munindo os gestores de ferramentas que lhes são benvindas para o maior volume dos custos com folha de pessoal que, se rastreados, incidem em diversas e pequenas concessões que, reunidas, são responsáveis pelo impacto financeiro da gestão de pessoal no município. De modo geral, o montante dos custos é usado como cortina de fumaça pelos governos para não conceder efetiva melhoria salarial a todos os servidores.

Assim, esse olhar umbilical e essa necessidade de viver salarialmente de provisoriedades, repita-se, é uma postura equivocada, particularmente serviçal (no mau sentido). Cultiva insegurança ao servidor, isola-o de sua classe, semeia enganos de porte monetário, mina seu salário real, projeta ilusões previdenciárias.

De algum modo, pode-se ainda atestar que parte das irregularidades praticadas pelos diferentes governos municipais, são, pasmem, culpa desses servidores, que alimentam tal postura governamental, razão pela qual, possivelmente, não nos apareceu nenhum ainda que tivesse coragem de mudar definitivamente esse modelo tão prejudicial às finanças municipais. Aliás, para alguns modelos de gestão, a existência desses servidores são “manteiga na venta do gato”. São serviçais fiéis na contraposição das pautas dos demais organizados em atividade sindical.

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